A secretária de Estado americana, Hillary Clinton lamentou "profundamente" nesta segunda-feira a expulsão de famílias palestinas de suas casas em Jerusalém Oriental, e pediu a Israel que "se abstenha destas ações provocativas".
Neste domingo, 53 pessoas de duas famílias palestinas tiveram de sair de suas casas por ordem da Justiça israelense.
Pablo Martinez Monsivais/AP |
Em entrevista coletiva, Hillary Clinton condena expulsão de palestinos em Jerusalém Oriental |
Agentes arrombaram as portas de ambas as casas e tiraram à força todos que estavam dentro delas.
A expulsão, que também foi condenada pela ONU e pelo Reino Unido, foi determinada pela Suprema Corte israelense numa decisão emitida na semana passada e que concede a famílias judaicas o direito de propriedade sobre os imóveis.
"Considero que essas ações são profundamente lamentáveis. Eu disse anteriormente que a expulsão de famílias e a demolição de casas em Jerusalém Oriental não se enquadra nas obrigações de Israel", disse a chefe da diplomacia americana.
"Peço ao governo de Israel e aos funcionários municipais que se abstenham dessas ações provocativas. Ambas as partes tem a responsabilidade de evitar ações provocativas que podem bloquear o caminho até um acordo integral de paz".
Pressão
Israel sofre pressão dos EUA e de outros países para congelar totalmente os assentamentos na Cisjordânia.
No entanto, o primeiro-ministro do país, Binyamin Netanyahu, defende a construção nos blocos existentes para acomodar o crescimento das famílias de colonos judeus, denominado de "crescimento natural".
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, exige a suspensão de todas as construções, incluindo as voltadas ao crescimento natural, como condição para retomar as estancadas negociações de paz com Israel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário